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Governo catalão reconhece baque das detenções no referendo

Na quarta-feira (20), a Guarda Civil espanhola prendeu 14 pessoas ligadas à organização da consulta, a qual já foi declarada ilegal pela Justiça espanhola e suspensa, de forma cautelar, pelo Tribunal Constitucional.

Agência France-Presse
postado em 21/09/2017 10:00
Barcelona, Espanha - O governo catalão reconheceu nesta quinta-feira (21/9) que a organização do referendo de independência de 1; de outubro foi alterada com a detenção de 14 pessoas, ontem, incluindo vários funcionários de alto escalão. "É evidente que se alteraram as condições do jogo, isso é certo", disse o vice-presidente do governo regional, Oriol Junqueras, à televisão pública catalã, TV3.

Na quarta-feira (20), a Guarda Civil espanhola prendeu 14 pessoas ligadas à organização da consulta, a qual já foi declarada ilegal pela Justiça espanhola e suspensa, de forma cautelar, pelo Tribunal Constitucional. Foram detidos cinco funcionários do Ministério regional da Economia, dirigido pelo separatista Junqueras. Entre eles, está o número dois do vice-presidente catalão, Josep Maria Jové, e o secretário da Fazenda, Lluis Salvadó.

Os cinco passaram a noite detidos em um comando da Guarda Civil no centro de Barcelona, relatou uma porta-voz do governo. Por tudo isso, declarou Junqueras, "as circunstâncias hoje são diferentes, porque boa parte da nossa equipe, metade da equipe de Economia está detida neste momento".

"Que (o referendo) não poderá se realizar nas circunstâncias que queríamos é evidente, porque todos nós gostaríamos que os cidadãos deste país pudessem circular pelas ruas sem serem detidos", acrescentou. Junqueras considerou que, com as detenções e com a apreensão esta semana de milhares de cédulas de votação, "é evidente que não estamos podendo votar como sempre se fez".

Ele disse, porém, estar "convencido de que a maioria dos cidadãos deste país quer votar e está comprometida com este referendo". O vice-presidente catalão insistiu na necessidade de trabalhar "com vontade de normalidade" e prometeu seguir adiante "para tornar o 1; de outubro possível nas melhores condições".

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