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Uber perde licença para operar nas ruas de Londres

A autoridade dos transportes de Londres culpa a Uber de utilizar um programa para que as autoridades não detectem os motoristas quando eles trabalham em áreas onde não têm direito de operar


"Ao proibir nosso aplicativo na capital, a Transport for London e o prefeito cederam aos pedidos de um pequeno número de pessoas que querem limitar a escolha dos clientes", denunciou. "Se esta decisão for mantida, mais de 40 mil motoristas ficarão parados e os londrinos se verão privados de um meio de transporte prático e adorável", concluiu.

Cultura empresarial sexista
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou, por sua parte, seu total apoio à decisão da TfL. "Seria um erro continuar dando licença para a Uber se a empresa supõe uma ameaça para a proteção e a segurança dos londrinos". A decisão da TfL constitui um problema adicional para a Uber, que já enfrenta inúmeros desafios. O grupo acaba de nomear um novo presidente, o ex-diretor da Expedia, Dara Khosrowshahi, em substituição a Travis Kalanick.

Kalanick foi acusado de conduzir uma cultura empresarial sexista e agressiva, depois que uma ex-funcionária denunciou casos de assédio no grupo. A empresa, que perdeu mais de 600 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano, está sendo investigada por suspeitas de corrupção por parte de dirigentes oficiais estrangeiros.

Além disso, a companhia também enfrenta os protestos de taxistas, que veem nela uma ameaça. No mundo todo, os reguladores de vários países tentam frear sua atividade e os motoristas reclamam melhores remunerações e uma maior proteção social.

O valor do grupo está avaliado em mais de 70 bilhões de dólares com base em sua capacidade de captar fundos de investidores, o que faz dela a maior empresa emergente não cotada no mundo.