Agência Estado
postado em 23/09/2017 16:07
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al-Moualem, disse aos líderes mundiais na Assembleia Geral da Organização dos Nações Unidas (ONU) neste sábado (23/9) que o seu país está "marchando firmemente" em direção ao objetivo de erradicar o terrorismo e a "vitória agora está ao alcance". Al-Moualem citou "a libertação de Alepo e Palmira", o fim do cerco do grupo extremista Estado Islâmico a Deir el-Zour "e a erradicação do terrorismo de várias partes da Síria" pelo Exército sírio e seus apoiadores e aliados, incluindo Rússia e Irã.
Em seu discurso, al-Moualem elogiou o Exército e os aliados do país. "Estou confiante de que, quando essa injusta guerra contra a Síria acabar, o Exército sírio ficará na história como o Exército que derrotou heroicamente, junto com suas forças de apoio e seus aliados, os terroristas que vieram para a Síria de muitos países e receberam grande apoio dos países mais poderosos do mundo", afirmou. Embora o Exército e seus aliados "estejam obtendo conquistas diárias, liberando territórios e derrotando terroristas", disse Al-Moallem, "a ameaça desta praga persiste"
Ele disse ainda que acordos de reconciliação permitiram a volta para casa de milhares de pessoas deslocadas internamente e refugiados. "A Síria está determinada a aumentar os esforços de reconciliação, sempre que possível." O ministro ressaltou as conversas em Astana, no Casaquistão, sobre cessar-fogo. Ele expressou a expectativa de que essas conversas "nos ajudem a alcançar uma cessação real de hostilidades e separar grupos terroristas", como o Estado Islâmico, de grupos que concordaram em se juntar ao processo de Astana.
Al-Moallem reafirmou o compromisso do governo sírio em avançar nas negociações de Genebra, que buscam estabelecer um governo de transição, elaborar uma nova Constituição e realizar eleições na Síria. As conversas entre os grupos de oposição sírios devem ocorrer no início de outubro, na expectativa de produzir uma delegação unificada em Genebra.
Enquanto al-Moualem mirava o fim da guerra civil de mais de seis anos da Síria, o líder da Dominica, atingida pelo furacão, fez um pedido na Assembleia Geral da ONU por ajuda para o país que está "linha de frente da guerra contra as mudanças climáticas". "Que esses eventos extraordinários suscitem esforços extraordinários para reconstruir as nações de forma sustentável", disse o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit, cinco dias depois que o furacão Maria varreu seu país com ventos de 255 km/h, matando 15 pessoas, destruindo casas e estradas.