Agência France-Presse
postado em 23/09/2017 17:02
A ministra de Relações Exteriores da Índia criticou duramente o Paquistão neste sábado (23) na ONU, onde disse que o país vizinho fornece ao mundo "terroristas" enquanto a Índia produz médicos e engenheiros de primeiro nível. "Por que hoje a Índia é reconhecida como uma superpotência da tecnologia de informação mundial, e o Paquistão apenas é reconhecido como uma proeminente fábrica de exportação do terror?", questionou Sushma Swaraj diante da Assembleia-Geral da ONU.
"Formamos acadêmicos, doutores, engenheiros. O que vocês produziram? Produziram terroristas", acrescentou.
Swaraj falou em resposta ao discurso pronunciado essa semana pelo primeiro-ministro paquistanês Shahid Khaqan Abbasi, que acusou a Índia de "força massiva e indiscriminada" na região da Caxemira.
[SAIBAMAIS]Nos últimos anos, as relações entre Paquistão e Índia ficaram mais tensas, principalmente na Caxemira, que, ainda que esteja dividida, cada país busca possuir a sua totalidade.
As duas nações com armas nucleares evitaram três guerras desde que conquistaram a independência da Grã-Bretanha em 1947, duas delas por esse território disputado na região do Himalaia.
Diante do discurso de Abbasi na quinta-feira (21), um diplomata indiano emitiu sua opinião ao subir no palco da Assembleia-Geral da ONU e catalogar o Paquistão de "terrorista".
A Índia acusa Islamabad de treinar, armar e infiltrar militantes na Caxemira. O Paquistão recusa as acusações.
Na sexta-feira (22), o exército paquistanês afirmou que seis pessoas morreram e mais de vinte ficaram feridas por disparos de tropas da Índia na fronteira com a Caxemira.