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Palestino mata três israelenses perto de colônia na Cisjordânia

O agressor abriu fogo contra membros das forças de segurança que protegiam o acesso a Har Adar, uma colônia que fica 15 quilômetros ao oeste de Jerusalém, informou a polícia


A colônia fica dentro do perímetro da barreira de segurança construída por Israel para evitar os ataques palestinos, mas que em vários trechos foi erguida em território da Cisjordânia. Dezenas de milhares de palestinos viajam diariamente a Israel ou até as colônias para trabalhar, geralmente atraídos por salários maiores, apesar das críticas de outros palestinos. O atirador tinha uma permissão de trabalho israelense.

Desde outubro de 2015, Israel, Jerusalém e os Territórios palestinos ocupados são palco de atos esporádicos de violência que já mataram ao menos 295 palestinos ou árabes israelenses, 50 israelenses, dois americanos, dois jordanianos, um eritreu, um sudanês e um britânico, segundo levantamento da AFP.

A maioria dos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques contra israelenses, e utilizaram principalmente armas brancas. As forças de segurança israelenses destacam que a aparente tranquilidade na Cisjordânia é precária.

Mais de 600 mil colonos israelenses vivem uma coexistência conflituosa com quase três milhões de palestinos na Cisjordânia em em Jerusalém Oriental. A colonização, ou seja os assentamentos civis israelenses em território ocupado, é considerada um dos principais obstáculos para solucionar o conflito israelense-palestino. É ilegal do ponto de vista do direito internacional.

Analistas atribuem os ataques de palestinos às humilhações provocadas pela ocupação israelense, que dura meio século, à ausência de qualquer perspectiva de independência, às frustrações econômicas e às divergências internas palestinas. O governo israelense cita a rejeição palestina à existência do Estado de Israel, assim como uma cultura de estímulo à violência contra Israel, amplamente atiçada pela imprensa palestina.