Agência France-Presse
postado em 29/09/2017 11:58

[VIDEO1]
Inspirando-se em um versículo do Evangelho, "A verdade vos tornará livres", o papa quis abordar o fenômeno das "notícias falsas, essa informação infundada que contribui para gerar e alimentar uma forte polarização das opiniões", explicou o Vaticano em comunicado. Tanto os gigantes da Internet como as instituições e os políticos começaram a encarar esse fenômeno, que se agravou com as redes sociais e a facilidade de compartilhar informação.
O papa argentino também quer contribuir para "analisar as causas, a lógica e as consequência da desinformação pelos meios", explica a nota. A Igreja quer "promover um jornalismo profissional, que busque sempre a verdade, um jornalismo de paz que promova o entendimento entre as pessoas", insistiu a Santa Sé.
O pontífice costuma se referir frequentemente, e muitas vezes com termos duros, à responsabilidade dos meios de comunicação. "Uma informação correta pode derrubar as paredes do medo e da indiferença", afirmou o papa em abril. Com um tom mais firme, denunciou em dezembro "a desinformação, provavelmente o maior dano que um meio de comunicação pode infligir", disse.
Nessa ocasião o papa também enumerou as quatro grandes tendências que podem afetar a mídia: "calúnia, difamação, desinformação e a doença da coprofilia", ou seja, "querer sempre comunicar o escândalo, comunicar as coisas feias, ainda que sejam verdade", afirmou. "Como as pessoas têm uma tendência à coprofagia, pode-se causar muitos danos", afirmou.