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Madri fecha 1.300 postos de votação para referendo da Catalunha

Referendo separatista não tem autorização da justiça espanhola para ser realizado

Agência France-Presse
postado em 30/09/2017 10:13

Barcelona, Espanha - A Polícia isolou mais da metade dos 2.300 postos de votação na Catalunha, onde as autoridades separatistas pretendem realizar no domingo (1/10) um referendo desautorizado pela Justiça espanhola - informou neste sábado (30/9) o representante do governo da Espanha nessa região, Enric Millo.

"Dos 2.315 postos de votação (...) 1.300 já foram interditados" pela Polícia catalã, disse Millo, em Barcelona, à imprensa estrangeira.

Millo acrescentou que 163 desses locais estão ocupados por ativistas, "que estão fazendo, com toda paz e civicamente, atividades culturais, ou esportivas", e aos quais será permitido sair, embora ninguém mais possa entrar.

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"Portanto, em 90% dos centros isolados, não há ninguém dentro", frisou, reconhecendo que se trata de um processo longo e que, entre os mil centros ainda por fechar, pode haver dezenas ocupados.

Em um esforço para desmantelar a logística de um plebiscito proibido, a Justiça espanhola ordenou o fechamento de escolas, centros cívicos e outros locais escolhidos para a votação.

Também se ordenou que a Polícia monitore a entrada de material eleitoral nesses postos e, se isso acontecer, a determinação é para sua apreensão.

A decisão colocou contra a parede a Polícia regional catalã, os Mossos d;Esquadra - subordinada ao governo separatista, mas obrigada a fazer respeitar as decisões judiciais.

Desde que, na sexta à noite, grupos de cidadãos decidiram ocupar as seções eleitorais na tentativa de impedir seu fechamento, os Mossos passaram por esses locais, informando-os de que deveriam sair até as 6h (1h, horário de Brasília) de domingo.

Os agentes catalães receberam ordens para não recorrer à violência.

"Convidamos as pessoas que estão dentro desses lugares a saírem", insistiu Millo.

"Não acreditamos que seja necessário" retirá-las à força, completou.

Ele admitiu, porém, que, no domingo de manhã, se houver "atos de desobediência", os policiais deverão decidir como agir, respeitando "a proporcionalidade".

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