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MP pede prisão preventiva para dois líderes separatistas catalães

Neste caso também foram acusados por suspeita de sedição o chefe da Polícia catalã, Josep Lluís Trapero, e a intendente da corporação, Teresa Laplana

Agência France-Presse
postado em 16/10/2017 17:12

O Ministério Público da Audiência Nacional espanhola solicitou nesta segunda-feira (16/10) prisão preventiva para os líderes de duas influentes associações independentistas catalãs, Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, acusados do crime de sedição, segundo fontes judiciais.

Sánchez e Cuixart, que se apresentaram pela segunda vez ao alto tribunal em Madri, são acusados de terem convocado e incendiado centenas de manifestantes em 20 de setembro, que dificultaram por horas a saída de agentes da Polícia espanhola, que revistavam dependências do governo catalão em Barcelona.

[SAIBAMAIS]Neste caso também foram acusados por suspeita de sedição o chefe da Polícia catalã, Josep Lluís Trapero, e a intendente da corporação, Teresa Laplana.

O crime de sedição (ou insurreição) pode ser punido com até quinze anos de prisão.

Trapero, de quem se suspeita que não tenha feito o suficiente para impedir o referendo de autodeterminação ilegal de 1; de outubro na Catalunha, foi posto em liberdade provisória nesta segunda, assim como Laplana.

Espera-se que a juíza também anuncie ao longo do dia sua decisão sobre Sánchez, presidente da Assembleia Nacional da Catalunha, e Cuixart, da Ómnium Cultural.

Segundo autos judiciais, os dois líderes "se destacaram como interlocutores da concentração" de 20 de setembro e, a bordo de um veículo da Guarda Civil espanhola, convocaram a "mobilização permanente".

"Que ninguém vá para casa, será uma noite longa e intensa", clamou Sánchez, segundo o documento.

Durante a manifestação, três veículos da Guarda Civil foram danificados.

A Espanha está mergulhada em sua pior crise política em 40 anos, em meio à aposta independentista das autoridades da Catalunha, uma região de 7,5 milhões de habitantes a nordeste do país, que é contestada pelo governo central, que poderia suspender sua autonomia.

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