Mundo

Família norte-americana ficou cinco anos no cativeiro no Paquistão

A informação contradiz a versão do Exército paquistanês, que afirma que o casal Boyle e seus três filhos estavam no Afeganistão

Agência France-Presse
postado em 20/10/2017 09:34
Washington, Estados Unidos - O casal norte-americano sequestrado por um grupo ligado aos talibãs foi mantido em cativeiro durante cinco anos no Paquistão e não no Afeganistão, afirmou nesta quinta-feira (20/10) o diretor da CIA, Mike Pompeo, uma semana após sua libertação.

A informação contradiz a versão do Exército paquistanês, que afirma que o casal Boyle e seus três filhos estavam no Afeganistão. "Obtivemos um resultado excelente na semana passada, quando conseguimos trazer quatro cidadãos americanos que ficaram retidos por cinco anos no Paquistão", declarou Pompeo em entrevista coletiva em Washington.

A questão do tempo que a família passou de um lado ou do outro da fronteira que separa Afeganistão do Paquistão é essencial para as autoridades americanas. A americana Caitlan Coleman e seu marido canadense, Joshua Boyle, foram sequestrados em uma região remota do Afeganistão em 2012, e seus três filhos nasceram no cativeiro.

Washington suspeita que o Paquistão manteve vínculos com o grupo Haqqani, a rede extremista ligada aos talibãs acusada de manter o casal como refém. A família Boyle foi libertada antes da visita do secretário americano de Estado, Rex Tillerson, que chega à região na próxima semana.

"O passado parece indicar que as expectativas sobre a vontade dos paquistaneses de nos ajudar a combater o islamismo radical terão que ser reduzidas a um nível muito baixo. Nossos serviços de inteligência apontam a mesma coisa", assinalou Pompeo.

"Acredito que deveríamos ter uma conversa sincera com eles sobre o que estão fazendo e o que precisam fazer, e sobre as expectativas dos Estados Unidos sobre seu comportamento". Libertados na quarta-feira no Paquistão, a família Boyle chegou na sexta-feira passada a Toronto.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação