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Governo revisa número de policiais mortos em emboscada no Egito para 16

Balanço anterior falava em 35 óbitos

Agência France-Presse
postado em 21/10/2017 15:22
Pelo menos 16 policiais egípcios foram mortos em uma emboscada de rebeldes islamitas no deserto, 200km a sudoeste do Cairo, um balanço inferior aos 35 mortos anunciados num primeiro momento.

Segundo o ministério do Interior, 15 agressores foram mortos pelas forças de segurança.

O ataque aconteceu quando o presidente Abdel Fattah al-Sissi se preparava para assistir neste sábado (21/10) às comemorações do 75; aniversário da batalha de El Alamein, que marcou uma vitória decisiva para os aliados contra as forças fascistas na Segunda Guerra Mundial.

O chefe de Estado manteve seu deslocamento para esta cidade do norte, mas anulou outros compromissos do dia, indicou a presidência à AFP.

Esta manhã, no acesso à área onde os confrontos ocorreram no dia anterior, dois motoristas disseram à AFP que as forças de segurança estavam presentes de forma massiva e que "aviões militares sobrevoavam a área", localizada a menos de 200 km do Cairo.

O ministério do Interior informou que um grupo de agentes, que estavam à procura de islamitas na região, foi atacado na sexta-feira à noite na estrada que conduz ao oásis de Bahariya.

Este oásis já foi um famoso destino turístico.

Vários "terroristas" responsáveis %u200B%u200Bpelo ataque foram mortos nos confrontos, disse o ministério, sem especificar o número de óbitos.

De acordo com uma fonte próxima à investigação, o comboio foi alvo de disparos de foguetes. Os agressores também usaram dispositivos explosivos.

O ataque ainda não foi reivindicado. Uma falsa comunicação em nome do pequeno grupo extremista Hasm circulou nas redes sociais, mas a conta no Twitter da organização está inativa desde o dia 2 de outubro.

Desde que as Forças Armadas destituíram, em 2013, o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, os grupos extremistas têm multiplicado atentados contra militares e policiais.

As autoridades no Cairo lutam especialmente contra o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), autor de atentados no norte da Península do Sinai (leste do Egito).

Centenas de soldados e policiais morreram nestes ataques.

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