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Centro de logística chinesa vai investir US$ 4,96 bilhões na próxima década

Local atende 380 milhões de pessoas de 13 províncias chinesas, incluindo Pequim. Armazéns revendem frutas, grãos, chás, vinho e movimentam, diariamente, US$ 24 milhões

Paulo de Tarso Lyra - enviado especial
postado em 23/10/2017 10:33
O centro de logística e desenvolvimento do Grupo Xinfadi é responsável por armazenar e distribuir alimentos para 13 das 35 províncias chinesas.  Isso representa atender 380 milhões de pessoas, inclusive a capital Pequim e seus 30 milhões de habitantes
A China, com uma população de mais de 1,3 bilhão de habitantes, prepara-se para alimentar tanta gente aprimorando seus centros de logística, armazenamento e produção de produtos agrícolas. Um dos principais deles está localizado na província de Hebei, mais especificamente na cidade de Boading, localizada a 2 horas e meia de ônibus de Pequim. Pertencente ao grupo Xinfandi, ele atende 380 milhões de pessoas de 13 províncias chinesas, inclusive a capital e seus 30 milhões de habitantes.

O local não produz nada. É como se fosse uma grande Ceasa, que compra os alimentos produzidos por 10 mil produtores espalhados por todo país. Só de frutas são 30 tipos diferentes, vindas, também de diversas partes do mundo. Do Brasil, a principal importação são as laranjas, mas o consumo é baixo na China.

Uma das frutas mais consumidas é a banana. Como a produção local é muita cara, elas são importadas, sobretudo, do sudeste asiático, de países como Filipinas, Cinagupura, Vietnã, Tailândia e Malásia. Os armazéns conseguem reter 5% do consumo de banana de Pequim, o que equivale a 1,5 tonelada da fruta.

O horário mais intenso de comercialização dos produtos está situado entre as 3h e 5h da manhã, já que os chineses costumam servir muitas frutas no café da manhã. Ainda assim, o centro do grupo Xinfandi movimenta diariamente, US$ 24 milhões. Os preços praticados, apesar do estilo centralizador da administração chinesa, respeitam os valores de mercado. Os produtos mais caros, como batatas e arroz, contudo, podem ter os valores subsidiados para ajudar a atender um número maior de pessoas

E os empresários pretendem ampliar ainda mais os negócios. Ao longos dos próximos 10 anos, pretendem criar um parque temático de gastronomia, uma grande área destinada apenas à comercialização de produtos via internet e uma espécie de zona franca com taxas e impostos mais atrativos para produtores e consumidores. Até o momento, já foram investidos no projeto US$ 810 milhões. Na próxima década, quando o complexo estiver concluído, deverão ter sido gastos cerca de US$ 4,96 bilhões.

Chá e licores

O Chá é uma bebida quase onipresente na China. Independentemente do que o nativo ou turista estiver comendo ou bebendo, alguém surgirá ao seu lado, no restaurante, para servir-lhe algum tipo de chá. Só de folhas são 6 tipos. Os brasileiros conhecem os chás verde e preto. Mas na China existem os amarelos, os vermelhos, os brancos e uma espécie tradicional chamada Ulong, feita a partir de folhas cultivadas sob um sol escaldante e que passa, posteriormente, por um processo de oxidação.

Por ser tão popular, o método pelo qual ele é servido nas casas especializadas é quase um ritual sagrado. Uma mulher com roupas típicas simula um bailar com os braços para misturar o liquido na taça e, posteriormente, para servir ao cliente. Além dos chás de folhas, também são bastantes vendidos os de frutas e flores. Um do mais populares e aromáticos é o de Crisântemo.

Mas se a escolha for por algo mais forte, sem erro basta escolher o mais popular dos licores da China, produzido à base de arroz. Uma das maiores nos arredores de Pequim é fabricado pela Wu He. A bebida, de teor alcoólico altíssimo ; 52% -- é consumida especialmente à noite. A fábrica trabalha por encomenda e, ainda assim, são produzidos 4 a 5 mil litros de licor por ano.

O jornalista viajou a convite da Embaixada da China
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