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Acusadas pela morte de meio-irmão de Kim Jong-Un visitam o local do crime

Quase 200 policiais, a maioria armados com fuzis e os rostos encapuzados, foram mobilizados nos arredores do aeroporto


As duas mulheres também foram levadas para um café do aeroporto, o "Bibik Heritage", onde Aisyah teria se encontrado com um homem não identificado - chamado de "Sr. Chang" durante o julgamento - e que teria espalhado um líquido em suas mãos antes do ataque a Kim Jong-Nam.

O grupo também se dirigiu à clínica para a qual o meio-irmão de Kim Jong-Un foi levado e ao ponto de táxis pelo qual as mulheres passaram, assim como ao banheiro que uma das suspeitas usou após o ataque e a uma galeria comercial.

As duas acusadas realizaram parte da visita em cadeiras de rodas porque, segundo o promotor Fairuz Johari, estavam cansadas em consequência do peso do colete à prova de balas. O promotor explicou que o grupo seguiu o itinerário das duas acusadas e da vítima no dia do assassinato. Além das duas mulheres processadas, outras quatro pessoas estão sendo procuradas por envolvimento no crime.

O caso ainda tem alguns enigmas: Como duas mulheres que viviam em condições precárias como vários migrantes na Malásia se envolveram no assassinato? Como uma substância tão letal como o VX foi utilizado em um aeroporto sem provocar outra vítima além de Kim? Logo depois do crime, a Coreia do Sul acusou o Norte de ter planejado o assassinato, o que Pyongyang sempre negou. Kim Jong-Nam criticava o regime norte-coreano e vivia no exílio.

Os advogados de defesa insistem que suas clientes foram manipuladas e que os verdadeiros culpados fugiram da Malásia. Uma testemunha afirmou que outros suspeitos poderiam ter administrado o veneno a Kim Jong-Nam antes de sua chegada ao aeroporto.