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Rosário de luto por vítimas argentinas de atentado em Nova York

Eram empresários e arquitetos que, junto com outro cinco ex-colegas de escola, viajaram aos Estados Unidos para comemorar os 30 anos de formatura no Politécnico, uma instituição reconhecida por sua qualidade acadêmica

postado em 01/11/2017 15:30

Eram empresários e arquitetos que, junto com outro cinco ex-colegas de escola, viajaram aos Estados Unidos para comemorar os 30 anos de formatura no Politécnico, uma instituição reconhecida por sua qualidade acadêmica

Os alunos do Instituto Politécnico de Rosário, onde se formaram há 30 anos as cinco vítimas argentinas do atentado de Nova York, começaram esta quarta-feira (1/11) com um minuto de silêncio em sua homenagem.

"Somos uma comunidade muito grande. Sentimos que é o momento de uma reflexão interior", assinalou a diretora do colégio, que decretou cinco dias de luto com a bandeira a maio pau para homenagear os seus ex-alunos falecidos: Alejandro Pagnucco, Ariel Erlij, Hernán Ferruchi, Hernán Mendoza e Diego Angelini.

[SAIBAMAIS]Eram empresários e arquitetos que, junto com outro cinco ex-colegas de escola, viajaram aos Estados Unidos para comemorar os 30 anos de formatura no Politécnico, uma instituição reconhecida por sua qualidade acadêmica.

"A primeira coisa é tristeza. Essa sensação de que nunca vai acontecer nada com alguém saído da Argentina, e estando longe das guerras e do terrorismo...", disse à AFP Laura Racca, ex-aluna da turma de 1985.

"Atinge a todos pelo forte sentido de pertencimento que a escola gera", acrescentou.

O Centro Estudantil também manifestou suas condolências. "Queremos expressar nossa mais profunda dor pelo acontecido e abraçar todos os seus entes queridos neste difícil momento pelo qual ninguém, nunca, deveria passar", indicou em um comunicado publicado no Instagram.

Oito pessoas morreram na terça-feira e mais de 10 ficaram feridas quando o motorista de uma caminhonete se lançou contra ciclistas e pedestres em uma ciclovia de Manhattan e depois bateu em um ônibus escolar. As autoridades qualificaram como um "ato terrorista" e relacionaram o agressor ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Quatro pessoas do grupo de 10 rosarinos saíram ilesas. Martín Ludovico Marro, que é residente estável em Boston, se recupera no Hospital Presbiteriano de Manhattan.

"Vi ontem à noite pela televisão e não pude acreditar. Me deixa sem palavras, é impressionante e me dá mais pena pensar que tinham ido para lá festejar a sua amizade", disse à AFP Silvia Goldberg, mãe de uma estudante de 14 anos do Politécnico.

O presidente Mauricio Macri, que na véspera expressou as suas condolências aos parentes das vítimas, se referiu ao caso novamente nesta quarta.

"Cinco jovens empreendedores, protagonistas da sociedade rosarina, imagino que com lindas famílias, é algo que nos atinge muito, a todos os argentinos, e a mim em particular. Quero enviar meu enorme carinho a todas as famílias", disse Macri ao abrir um fórum financeiro em Buenos Aires.

"Isso também nos mostra que não há lugar para zonas cinzas no mundo de hoje. Todos temos que estar comprometidos, dos pés à cabeça, na luta contra o terrorismo", ressaltou.

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