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Corpos de vítimas do atentado de Nova York chegam à Argentina

Parentes e os quatro que escaparam ilesos do ataque de 31 de outubro embarcaram em um avião com destino à terceira maior cidade do país, onde acontecerão os velórios e funerais


O presidente Mauricio Macri, que visita a cidade americanas, prestará homenagem aos compatriotas nesta segunda-feira no local do atentado, onde foi criado um memorial com flores e mensagens póstumas. "Vamos chorar para sempre nossos amigos. Foi o amor que nos trouxe aqui e é o amor que continuará nos unindo", afirmou Guillermo Banchini, um dos sobreviventes.

Os 10 argentinos, em sua maioria arquitetos, passeavam de bicicleta pelo sul de Manhattan quando foram atropelados por uma caminhonete dirigida pelo uzbeque Sayfullo Saipov, em um ato classificado como "terrorista" pelas autoridades dos Estados Unidos.

O ferido é Martín Marro (48). Sobreviveram Iván Brajkovic, Ariel Benvenuto, Juan Pablo Trevisan e Banchini, com idades de 48 e 49 anos. "Não há forma de entender que um sonho se transforme em seu pior pesadelo. Sobrevivemos e vimos a partida de nossos amigos. No que se transformou o mundo? Como alguém pode pensar, planejar e executar um atentado semelhante?", questionou Banchini. No ataque também morreram uma belga de 31 anos e dois americanos. Doze pessoas ficaram feridas.

Banchini destacou o "jornalista americano que escreveu um texto sobre nós, sobre nossa amizade e sobre o profundo significado que a amizade tem para os argentinos". Ele se referia a Brian Winter, que já morou em Buenos Aires, e o artigo escrito para um portal americano.