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Bolívia ameaça expulsar diplomata dos EUA 'se continuar conspirando'

Brennan é o máximo diplomata em função em La Paz depois que Morales expulsou em 2008 o então embaixador Philip Goldberg, acusando-o de apoiar um suposto complô da direita local

Agência France-Presse
postado em 07/11/2017 15:47

O presidente da Bolívia, Evo Morales, ameaçou nesta terça-feira (7/11) expulsar o encarregado dos negócios dos Estados Unidos, Peter Brennan, máximo diplomata em função em La Paz, se continuar "conspirando" a favor da oposição.

[SAIBAMAIS]"Quero que o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos saiba: se continuar conspirando, se continuar financiando a direita, se continuar planejando uma conspiração, não hesitarei em expulsá-lo", afirmou o presidente em um discurso público.

Brennan é o máximo diplomata em função em La Paz depois que Morales expulsou em 2008 o então embaixador Philip Goldberg, acusando-o de apoiar um suposto complô da direita local. A Casa Branca respondeu de igual maneira por razões de reciprocidade e desde então os dois países não realocaram embaixadores.

O governante de esquerda não deu detalhes de que tipo de trabalho específico Brennan estaria realizando, depois de ser alvo no passado de críticas de diferentes esferas do governo por suas opiniões sobre temas políticos, como a crise na Venezuela.

Explicou que "da embaixada dos Estados Unidos planejaram atacar o governo, nossa revolução democrática e cultural, com corrupção e narcotráfico".

Morales mencionou o caso do poderoso ministro de Governo (Interior), Carlos Romero, que foi relacionado pela oposição ao dono de um clube de futebol da segunda divisão, Pablo Ramos, detido em uma investigação policial por tráfico.

O governo também foi alvo de denúncias opositoras sobre casos de corrupção em empresas públicas.

Para o presidente boliviano, "a direita não tem ideia de como nos atacar" e depois se perguntou: "quem os prepara para que nos ataquem? A embaixada dos Estados Unidos".

Morales também expulsou em 2008 a agência antidrogas DEA e em 2013 o programa de ajuda USAID, sob a mesma acusação de suposta conspiração.

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