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Alvos da investigação sobre ingerência russa nos EUA

As indagações do procurador especial Robert Mueller e três comitês do Congresso revelaram mais vínculos entre a campanha de Trump e a Rússia

Agência France-Presse
postado em 08/11/2017 18:42

Um ano depois de Donald Trump surpreender com sua vitória nas presidenciais dos Estados Unidos, a investigação para determinar se sua campanha sofreu ingerência russa continua.

[SAIBAMAIS]As indagações do procurador especial Robert Mueller e três comitês do Congresso revelaram mais vínculos entre a campanha de Trump e a Rússia do que se supunha originalmente, e as denúncias apresentadas contra três pessoas no fim de outubro geraram expectativas de novas revelações.

Esses são os principais alvos da investigação:


Donald Trump

Nada vincula diretamente o presidente aos russos. Mas a demissão do diretor do FBI James Comey parece, para os investigadores, uma possível obstrução da justiça. Os analistas esperam que Mueller não mire em Trump até que esgote todas as outras pessoas que tem em seu radar.

Paul Manafort

Ex-chefe da campanha de Trump, este influente advogado foi detido em 30 de outubro por suspeitas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, relacionados com seu trabalho para o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, apoiado por Moscou. Manafort poderá enfrentar uma severa sentença de prisão, a menos que coopere com Mueller.

Rick Gates

Sócio de Manafort na Ucrânia e seu assessor na campanha presidencial de Trump, Gates também foi detido em 30 de outubro. Segundo especialistas, poderia oferecer provas contra outras pessoas relacionadas ao caso em troca de um tratamento mais brando.

George Papadopoulos

A primeira pessoa sentenciada na investigação de Mueller, Papadopoulos foi um dos assessores de política externa da campanha. Teve contato com funcionários russos e tentou agendar uma viagem de Trump à Rússia e uma reunião com Vladimir Putin. Também disse a seus superiores que lhe haviam oferecido informação para prejudicar Hillary Clinton. Se declarou culpado por mentir ao FBI e concordou em colaborar com Mueller.

Michael Flynn

Segundo a NBC, o antigo assessor de segurança nacional da Casa Branca e seu filho, Mike Flynn Jr., podem ser os próximos alvos de Mueller. Ele se tornou suspeito com as repetidas reuniões com o embaixador russo Sergei Kislyak, suas aparições pagas por firmas russas e o lobby não informado a favor da Turquia. A NBC disse que as acusações iniciais poderão estar relacionadas com lobby e lavagem de dinheiro.

Carter Page


Outro membro da equipe de política externa da campanha de Trump, Page manteve uma longa relação com a Rússia que levanta suspeitas. Alega que viagens para Moscou antes e depois da eleição tinham fins pessoais e acadêmicos. Em um e-mail de julho de 2016 a figuras de alto escalão da campanha, disse ter contato com legisladores russos e membros importantes do governo Putin. Também propôs uma viagem de Trump a Moscou.

Jared Kushner

Acredita-se que o genro de Trump é um dos principais alvos da investigação por seus contatos com Kislyak, co, um poderoso banqueiro russo, e com Natalia Veselnitskaya, uma advogada vinculada ao Kremlin que oferecia informação comprometedora sobre Hillary Clinton. Seu provável papel na demissão de Comey e em outras mudanças na Casa Branca também chamam a atenção dos investigadores por suposta obstrução.

Donald Trump Jr

O filho de Trump ajudou a coordenar e assistiu à reunião com Veselnitskaya enquanto esteve envolvido nos projetos imobiliários da organização Trump relacionados com a Rússia.

Jeff Sessions

O ex-senador e agora procurador geral desperta suspeitas por sua falta de franqueza sobre reuniões que manteve com o embaixador Kislyak. Também esteve encarregado dos assessores de política externa de Trump durante a campanha, pelo que os contatos e propostas de reuniões feitas por eles provavelmente receberam sua atenção.

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