A Arábia Saudita pediu nesta quinta-feira (9/11) aos seus cidadãos que deixem o Líbano "o mais rápido possível", depois que o primeiro-ministro do país, Saad Hariri, anunciou que não voltaria para o país porque teme que seja morto.
[SAIBAMAIS]Hariri fez esse anúncio no sábado durante uma visita à Arábia Saudita, em que acusou a organização xiita Hezbollah e seu aliado Irã de ter "o controle" do Líbano.
"Devido à situação no Líbano, o reino pede aos seus nacionais que visitam ou vivem no Líbano para sair o mais rápido possível e aconselha seus cidadãos a não viajar" para esse país, indicou a fonte, que não especifica ameaças concretas.
Há mais de uma década, o Líbano é marcado por uma divisão profunda entre o campo liderado por Hariri, um sunita apoiado pela Arábia Saudita, e aquele liderado pelo Hezbollah xiita, apoiado pelo regime sírio e pelo Irã.
A Arábia Saudita, de maioria sunita, e o Irã, xiita, conduzem uma guerra de influência na região.
A divisão libanesa tornou-se evidente em 2005, quando o ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, pai do agora primeiro-ministro, foi assassinado.
O regime do presidente sírio Bashar al-Assad foi acusado desse assassinato e cinco membros do Hezbollah são acusados %u200B%u200Bpor um tribunal internacional.
Após a morte de Hariri, várias personalidades hostis a Damasco foram mortas, e então uma guerra estourou entre o Hezbollah e Israel em 2006.