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Coreia do Norte afirma que porta-aviões dos EUA alimenta tensão

O primeiro envio de três porta-aviões à região desde 2007 "está tornando impossível prever a deflagração de uma guerra nuclear devido à postura de ataque dos Estados Unidos", alertou o diplomata

Agência France-Presse
postado em 14/11/2017 08:29
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un

Nações Unidas, Estados Unidos -
A Coreia do Norte alertou nesta segunda-feira (14/11) as Nações Unidas de que a presença de três porta-aviões americanos em manobras conjuntas com a Marinha sul-coreana alimentam a tensão e podem levar a uma guerra nuclear. O embaixador da Coreia do Norte junto à ONU, Ja Song Nam, enviou uma carta ao secretário-geral da organização, António Guterres, alertando para "a pior situação (...) em torno da península da Coreia".

O primeiro envio de três porta-aviões à região desde 2007 "está tornando impossível prever a deflagração de uma guerra nuclear devido à postura de ataque dos Estados Unidos", alertou o diplomata.


"Os exercícios de guerra nuclear em grande escala e as chantagens (...) nos permitem concluir que a opção que tomamos é a correta e que devemos prosseguir por este caminho até o final", escreveu o diplomata. As manobras de quatro dias começaram no sábado, no oeste do Pacífico, com os porta-aviões USS Ronald Reagan, USS Nimitz e USS Theodore Roosevelt; e sete navios da Coreia do Sul.

O embaixador norte-coreano declarou que os Estados Unidos reativaram as saídas dos bombardeios estratégicos B-52 e estão realizando voos frequentes com bombardeios B-1B e B-2 no espaço aéreo sul-coreano.

Segundo o diplomata, o Conselho de Segurança "faz vista grossa com os exercícios de guerra nuclear dos Estados Unidos, que está empenhado em levar a humanidade a um desastre catastrófico". A Coreia do Norte realizou sua sexta prova nuclear este ano e testou diversos mísseis balísticos, incluindo intercontinentais.

Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, visitou Tóquio, Seul e Pequim, quando analisou com as lideranças locais como enfrentar a ameaça nuclear de Pyongyang.

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