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Estado iraniano e população ajudam vítimas de terremoto

O tremor, de 7,3 graus de magnitude, também deixou oito mortos e 336 feridos no Iraque

"Quero assegurar a todos os que sofrem que o governo começou a agir com todo o seu poder e que está se esforçando para resolver (os problemas) o mais rápido possível", anunciou.

Com a aproximação do inverno, a ajuda aos atingidos nesta região do oeste do Irã se torna um desafio maior. Segundo uma estimativa oficial, 15.500 casas foram destruídas e outras 15.000 danificadas.

De acordo com as autoridades, sete cidades e quase 2.000 vilarejos sofreram danos.

"A urgência agora é apresentar soluções de alojamento e alimentação", disse à televisão Pir Hosein Koolivand, diretor do Serviço Nacional de Resgate.

Os terremotos são frequentes no Irã: o tremor de dezembro 2003, que destruiu a cidade histórica de Bam e deixou 31.000 mortos, e o de junho de 1990 (40.000 mortos no norte do país) permanecem na memória do país.

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Iniciativas privadas

As zonas afetadas pela catástrofe foram, entre 1980 e 1988, um importante campo de batalha na guerra entre Irã e Iraque e conservam os estigmas, em particular Sar-e Pol-e Zahab, símbolo da resistência iraniana no conflito iniciado por Bagdá.

A província de Kermanshah tem uma população majoritariamente curda.

O governo anunciou na segunda-feira o envio de 22.000 barracas, 52.000 cobertores e quase 17 toneladas de arroz e 100.000 latas de alimentos em conserva. Também foram distribuídas mais de 200.000 garrafas de água.

Mas vários responsáveis locais, citados por meios de comunicação iranianos, consideraram nesta terça que os esforços do Estado ainda eram insuficientes para responder à necessidade da população local.

As iniciativas privadas ganharam projeção. O ex-jogador de futebol iraniano Ali Daei lançou uma coleta de alimentos e bens de primeira necessidade, e um grande cinema de Teerã anunciou que dedicará a metade de seus rendimentos para ajudar os atingidos. Além disso, dois times de futebol da capital anunciaram o envio de centenas de tendas e cobertores.

O governo afirmou que a distribuição de água e energia elétrica estava sendo progressivamente restabelecida na maior parte das zonas afetadas.