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Putin se reuniu com Assad e o felicitou pela luta contra o 'terrorismo'

O governo anunciou ainda que Putin conversará nesta terça-feira sobre a situação na Síria e a busca de uma solução para o conflito com o presidente americano Donald Trump

Agência France-Presse
postado em 21/11/2017 09:39
O presidente russo Vladimir Putin  abraça o presidente sírio Bashar al-Assad durante uma reunião em Soch

Sochi, Rússia -
O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu na segunda-feira (20/11)com o colega sírio Bashar al-Assad em Sochi (sudoeste da Rússia), a quem felicitou pela luta contra o terrorismo, dois dias antes de uma cúpula entre Rússia, Irã e Turquia sobre a Síria, anunciou o Kremlin.

O governo anunciou ainda que Putin conversará nesta terça-feira sobre a situação na Síria e a busca de uma solução para o conflito com o presidente americano Donald Trump. "Vladimir Putin realizou negociações com o presidente sírio Bashar al-Assad, que viajou à Rússia para uma visita de trabalho", indicou o Kremlin em um comunicado.

"Quero felicitá-lo pelos resultados obtidos pela Rússia na luta contar o terrorismo", afirmou Putin a Assad, segundo o comunicado divulgado pelo Kremlin. "O povo sírio passa por momentos difíceis e se aproxima uma derrota definitiva e inevitável dos terroristas", disse Putin na reunião de segunda-feira à noite.

"Penso que é o momento de passar ao processo político", completou o presidente russo, que na quarta-feira receberá os presidentes da Turquia e do Irã para discutir uma solução à guerra, iniciada em março de 2011 e que deixou pelo menos 300.000 mortos.

O encontro aconteceu na residência de veraneio do presidente russo no balneário de Sochi, às margens do Mar Negro.

O objetivo da reunião era conversar sobre uma "solução política e pacífica a longo prazo" na Síria, afirmou Putin, segundo o comunicado do Kremlin. "Acho que chegou a hora de passar ao processo político", disse Putin, que na quarta-feira recebe os presidentes de Turquia e Irã para discutir sobre a solução para guerra que desde março de 2011 deixou pelo menos 300.000 mortos.

Putin informou a Assad que nesta terça-feira conversará com o presidente Donald Trump sobre a situação na Síria. "Contamos com o apoio da Rússia para garantir que os atores externos não interfiram no processo político e que do exterior só apoiem o processo que liderarão os próprios sírios", disse Assad.

"Não queremos olhar para trás. Damos as boas-vindas a todos aqueles que estão realmente interessados em um acordo político, estamos prontos para estabelecer um diálogo com eles", acrescentou o presidente sírio. Assad expressou a Putin "o reconhecimento do povo sírio" pela ajuda da Rússia na defesa da "integridade territorial e da independência da Síria, segundo uma tradução para o russo de suas palavras.

Iniciada em novembro de 2015, a intervenção militar russa na Síria permitiu às Forças Armadas sírias reverter a situação militar, reconquistar a cidade antiga de Palmira, expulsar os rebeldes de Aleppo, no norte, e recuperar o controle dos territórios do sul e do leste do país.

No domingo passado, as forças governamentais expulsaram aos extremistas de Bukamal, o último bastião urbano importante na Síria do grupo Estado Islâmico, que perdeu quase todo o território que havia conquistado desde 2014.

A Rússia promove com o Irã, aliado de Assad, e com a Turquia, que apoia os rebeldes, as negociações de Astana, capital de Cazaquistão, onde o governo e a oposição sérias celebraram em 2017 sete reuniões.

No entanto, a última iniciativa russa para tentar reunir governo e a oposição na Rússia foi recebida friamente pelos rebeldes. Até o momento não foi fixada nenhuma data para esta reunião, que poderia acontecer no começo de dezembro.

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