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CBS News demite Charlie Rose por acusações de assédio sexual

As oito funcionárias alegaram que os avanços indesejados incluíam telefonemas obscenos, assédios e ele caminhando nu na frente delas

Agência France-Presse
postado em 21/11/2017 18:01
Charlie Rose, um dos mais proeminentes apresentadores e premiado entrevistador de televisão, foi demitido nesta terça-feira (21/11), tornando-se o mais recente homem poderoso a ser atingido pelas acusações de assédio sexual e de avanços indesejadas.

[SAIBAMAIS]A emissora CBS News informou que o trabalho de Rose havia "acabado" imediatamente, após o que chamou de "comportamento extremamente perturbador e intolerável" revelado por oito mulheres no jornal Washington Post na segunda-feira (20/11).

"Pouco tempo depois encerramos o vínculo de Charlie Rose com a CBS News com efeito imediato", declarou a emissora em comunicado.

"A CBS News teve conhecimento das revelações extraordinárias de outras empresas de mídia neste ano e no anterior. Nossa credibilidade nesse trabalho exige o gerenciamento de padrões básicos de comportamento. É por isso que tomamos essa atitude", acrescentou.

O canal, onde Rose co-apresentou o programa "CBS This Morning" e foi correspondente contribuinte para o "60 Minutes", já havia suspendido Rose na segunda-feira.

A surpreendente notícia do Post falava que as oito mulheres eram funcionárias ou aspiravam a trabalhar no programa "Charlie Rose", exibido na emissora pública PBS.

Elas alegaram que os avanços indesejados incluíam telefonemas obscenos, assédios e ele caminhando nu na frente delas. Todas tinham entre 20 e 30 anos quando os supostos assédios ocorreram, entre a década de 1990 até 2011.

Rose, agora com 75 anos, é o mais recente de uma série de homens poderosos acusados de conduta inadequada, após a queda em desgraça do magnata de Hollywood Harvey Weinstein, que abriu caminho para as acusações de assédio e agressão sexuais em muitas indústrias.

Na segunda-feira, Rose emitiu uma declaração pública pedindo desculpas pelo que chamou de "comportamento inadequado" e disse estar "muito envergonhado", mas que "não acreditava que todas as alegações fossem corretas".

A PBS já suspendeu a distribuição de seu programa de entrevistas "Charlie Rose".

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