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Subdiretor do banco do Vaticano é demitido

De acordo com vários veículos especializados, Mattietti foi convocado pelo presidente do banco, o especialista francês Jean-Baptiste de Franssu, que anunciou sua demissão sem maiores explicações

Agência France-Presse
postado em 30/11/2017 13:57
Cidade do Vaticano, Santa Sé -O subdiretor do Instituto de Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano, foi demitido - anunciou a Santa Sé nesta quinta-feira (30), uma decisão tomada após atritos internos acerca de uma reforma financeira da entidade.

"O Vaticano confirma que Giulio Mattietti, subdiretor-geral do IOR, deixou suas funções a partir de quinta-feira, 27 de novembro", informou a porta-voz da Santa Sé, Paloma García Ovejero.

De acordo com vários veículos especializados, Mattietti foi convocado na tarde desta segunda-feira pelo presidente do banco, o especialista francês Jean-Baptiste de Franssu, que anunciou sua demissão sem maiores explicações.

A saída de surpresa de Mattietti, nomeado em 2015, tem a aprovação do papa Francisco, que está viajando na Ásia, segundo fontes internas.

Formado em Física, Mattietti trabalhou na Microsoft e na IBM e entrou para o banco do Vaticano em 2015 como adjunto do diretor-geral, Gian Franco Mammi.

Protagonista de diversos escândalos financeiros, o banco famoso administra milhares de contas de padres e freiras do mundo todo: de simples religiosas filipinas que vão estudar em Roma, passando por bispos e cardeais, até poderosas congregações religiosas presentes em todos os rincões do planeta.

Fundado em 1942 por Pio XII, com ativos de mais de 5 bilhões de euros, o banco do Vaticano já foi acusado de lavagem de dinheiro sujo, inclusive da máfia, e de gestão pouco transparente de seus lucros.

Determinado a reformar a entidade bancária desde que foi eleito papa em 2013, Francisco aprovou o fechamento de cerca de 5 mil contas.

À saída de Mattietti, soma-se a renúncia, há alguns meses, do ex-controlador financeiro do Vaticano Libero Milone.

Em setembro, Milone denunciou os prelados que se opunham aos esforços de modernização e de controle do sistema econômico secular do Vaticano.

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