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Maduro convida negociadores da oposição para encontro 'especial'

Governo e oposição encerraram no sábado dois dias de negociações na República Dominicana sem acordo para atenuar a crise na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou neste domingo (3/12) os negociadores da oposição para um encontro "especial" e descartou "um canal humanitário", principal reivindicação da oposição nos diálogos para resolver a grave crise política e econômica do país.

"Quero recebê-los no Palácio de Miraflores, faço um convite formal à mesa de diálogo para fazer uma reunião especial esta semana (...), acredito que esta reunião vai ajudar muito", disse Maduro em seu programa semanal de televisão.

O presidente encarregou a Jorge Rodríguez, chefe negociador do governo, a coordenação do encontro.

Governo e oposição encerraram no sábado dois dias de negociações na República Dominicana sem um acordo para atenuar a crise na Venezuela, mas reportaram "avanços significativos" e marcaram um novo encontro para 15 de dezembro.

Maduro dirigiu seu convite aos deputados Julio Borges, Luis Florido, Timoteo Zambrano e Aquiles Moreno.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) aceitou retomar os diálogos com o governo, pondo como requisito o acompanhamento internacional.

Na mesa participam os governos do México, Chile - convidados pela oposição -, Bolívia, Nicarágua e São Vicente e Granadinas, aliados de Maduro.

O presidente propôs abordar em Miraflores os pontos levantados pelas partes em Santo Domingo.

A MUD pediu um "canal humanitário" para a entrada de alimentos básicos e remédios, em severa escassez, e criar condições claras para as eleições presidenciais de 2018.

Sobre esta solicitação, Maduro assegurou que a "Venezuela é um país pujante e trabalhador" e "não um país de mendigos como pretenderam alguns com aquilo da ajuda humanitária".

Como ponto central, o presidente propõe à MUD defender o fim das sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos que proíbem seus cidadãos e empresas de negociarem novas dívidas emitidas pelo governo e pela petroleira estatal PDVSA.

"Espero vocês em Miraflores, serei o homem mais feliz desta terra se o menino Jesus me der de presente essa reunião", afirmou.