A frustrada busca do submarino argentino "ARA San Juan", perdido há 23 dias no Atlântico Sul, é comparável a procurar uma agulha em um palheiro, afirmou nesta sexta-feira (8/12) o porta-voz da Marinha, capitão Enrique Balbi.
A embarcação continua perdida e é procurada por navios da Armada (Marinha de guerra) em cooperação com Forças Armadas de outros países.
"Para ter uma ideia, é como procurar uma agulha em um palheiro", disse Balbi na coletiva diária sobre o estado da busca.
Três embarcações irão inspecionar três novos "objetos" detectados com sonares em diferentes profundidades. No total há oito barcos nas operações.
"Prevê-se ampliar a zona circular, a área de maior chance de ocorrência, para o norte, que é o que o submarino teria feito em sua navegação direta para Mar del Plata", seu porto, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. O submarino se perdeu a cerca de 350 quilômetros da costa da Patagônia (sul).
O governo e a Armada já deram como mortos os marinheiros por considerar que a situação é extrema e que o submarino está no fundo do mar.
Mas os familiares continuam pedindo ao presidente Mauricio Macri e aos militares para que não deem como finalizadas as tarefas de um eventual resgate.
"Queremos ver os corpos, que os retirem, precisamos fazer o luto", disse Yolanda Mendiola, mãe do tripulante Leandro Fabián Cisneros, de 28 anos, em frente à base naval de Mar del Plata.
"O (navio russo) Yantar está inspecionando um objeto a 940 metros. O alerta (argentino) Ilhas Malvinas está tentando visualizar um objeto a 830 metros. E o (americano) Atlantis, quando se reincorporar nesta sexta, analisará outro objeto a 770 metros", disse Balbi.
A busca abarca profundidades entre 200 e 1.000 metros, segundo o porta-voz.