postado em 13/12/2017 13:17
;Ainda não estamos ganhando a guerra contra a mudança climática, porque os compromissos atuais não são suficientes para cumprir com as metas do Acordo de Paris;. A afirmação é do secretário-geral da ONU, António Guterres, que participou ontem da conferência One Planet (Um Só Planeta), em Paris. A informação é da ONU News.
Ele pediu mais ambição dos governos, da sociedade civil, do setor privado e do setor financeiro para o combate às mudanças climáticas. E fez um apelo aos países mais ricos, para que honrem os compromissos do tratado do clima e ajudem a angariar US$ 100 bilhões por ano para que as nações em desenvolvimento consigam se adaptar às mudanças climáticas.
O chefe da ONU lembrou que o Acordo de Paris criou a base para uma "ação ambiciosa", mas todos os dias, em todas as regiões, ocorrem desastres relacionados ao clima, como "tempestades, enchentes, secas e incêndios". Segundo Guterres, o nível na atmosfera de dióxido de carbono é o mais alto já alcançado em 800 mil anos. E neste ano de 2017 houve o primeiro aumento das emissões de CO2 dos últimos três anos.
O secretário-geral afirmou ainda que os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados. Por esses motivos, o mundo está, segundo ele, em "uma guerra pela existência da vida no planeta, mas existem aliados importantes ; a ciência e a tecnologia".
;Negócios verdes são negócios bons;
Guterres explicou que a ciência já havia previsto o que está acontecendo agora e que o progresso tecnológico já provou ser falsa a afirmação de que combater a mudança climática é uma ameaça à economia.
Ele falou sobre ações que já estão sendo tomadas por agentes financeiros globais e empresas privadas, como companhias de petróleo e de gás, para melhorar a situação. Na avaliação do secretário-geral, "negócios verdes são bons negócios" e por isso, ;o futuro será cinza para quem não apostar na economia verde;.
Guterres lembrou que essa é uma responsabilidade coletiva, sendo o setor privado parte central da solução. A conferência One Planet, que teve como anfitrião maior o presidente francês Emmanuel Macron, marcou os dois anos da assinatura do Acordo de Paris e reuniu, na capital francesa, líderes de vários países e dos setores financeiros públicos e privados.