Os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram nesta sexta-feira (15/12) o desmantelamento de uma célula do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que preparava atentados em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia (noroeste).
"Os FSB acabaram em São Petersburgo com as atividades ilegais de uma célula clandestina de membros do EI que se dispunha a cometer atentados em 16 de dezembro", indicaram os serviços de segurança em um comunicado citado pela agência pública RIA Novosti.
O grupo planejava um "atentado suicida" e "massacres e explosões em locais muito transitados" da antiga capital imperial russa, segundo o texto.
No total, sete membros da célula do grupo EI foram detidos durante uma operação das forças de segurança entre quarta e quinta-feira, segundo a mesma fonte.
A Polícia apreendeu "uma grande quantidade de explosivos destinados a fabricar dispositivos artesanais, armas automáticas e munições, assim como livros de conteúdo extremista", acrescentou o comunicado.
O anúncio chega depois que o chefe dos serviços secretos, Alexandre Bortnikov, indicou na terça-feira que temia a chegada no território russo de extremistas procedentes da Síria, onde o grupo perdeu suas posições, em grande parte graças ao apoio militar da Rússia ao regime de Damasco.
Os FSB anunciou na terça-feira a prisão de três supostos membros do EI originários da Ásia central, acusados de preparar atentados suicida em Moscou para as festas de fim de ano, e durante a campanha para a eleição presidencial, que será realizada em março.
Segundo os FSB, quase 2.900 extremistas russos, a maioria originários das instáveis repúblicas muçulmanas do Cáucaso, foram combater em Iraque e Síria. A eles se somam vários milhares de combatentes procedentes de países da Ásia central.
A Rússia foi alvo de vários atentados este ano, entre eles um em abril no metrô de São Petersburgo, que deixou 14 mortos.