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Vaticano proíbe comércio de relíquias

Nos últimos anos, sites de comércio de relíquias se multiplicaram e, em vários casos, enganam o comprador

Agência France-Presse
postado em 16/12/2017 16:30
Cidade do Vaticano - O Vaticano advertiu neste sábado (16/12) e é proibido o seu comércio, principalmente no próspero mercado da internet.

"O comércio ou venda de relíquias está absolutamente proibido", determinou a Congregação para a Causa dos Santos, que fixou novas normas para a exposição de relíquias.

Ossos, fios de cabelo, dedos e pedaços de roupa de santos da Igreja Católica, alguns deles preservados e venerados durante séculos, atraem multidões de fiéis aos santuários onde as relíquias são exibidas.

Mas nos últimos anos, sites de comércio de relíquias se multiplicaram e, em vários casos, enganam o comprador.

O Vaticano reiterou que não apenas foi proibida a venda, mas também as relíquias não podem ser expostas em igrejas para a veneração dos fiéis sem um certificado de autenticidade.

O manual elaborado pela Congregação para a Causa dos Santos explica que são consideradas relíquias insignes "corpos de beatos e santos, partes notáveis dos mesmo corpos ou todo o volume de cinzas derivado de sua cremação".

"São consideradas relíquias não insignes pequenos fragmentos do corpo de beatos ou santos, e objetos que estiveram em contato direto com suas pessoas".

As relíquias também "devem ser possivelmente guardadas em urnas seladas", e "conservadas e honradas com espírito religioso, evitando qualquer forma de superstição e comercialização", ressalta o Vaticano.

As novas disposições estabelecem que se evite dar publicidade a todo culto indevido, vigiar que não sejam substraídos relíquias ou material das urnas, e lembram que não se pode desmembrar os corpos para confeccionar relíquias.

O Vaticano adverte que, antes de realizar qualquer operação envolvendo as relíquias ou seus restos mortais, deve-se observar tudo o que está prescrito pela lei civil.

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