Agência France-Presse
postado em 17/12/2017 14:04
Washington, Estados Unidos - O procurador especial que investiga a possível interferência da Rússia na campanha do presidente americano Donald Trump teria recebido milhares de e-mails ilegalmente, segundo um advogado da equipe de transição de Trump.Em carta enviada ao Congresso, Kory Langhofer disse que a Administração de Serviços Gerais (GSA) "produziu ilegalmente" materiais privados, que incluem comunicações privilegiadas que o procurador especial Robert Mueller utilizou como parte de sua investigação, informou neste sábado o portal Axios.
A GSA é a agência governamental que facilita as transições presidenciais.
As acusações de Langhofer, representante da equipe de transição de Trump, são o último movimento dos republicanos a lançar dúvidas sobre a credibilidade da investigação de Mueller, que já acusou o ex-assessor de segurança nacional de Trump e outras três pessoas ligadas à campanha.
Langhofer escreveu que o escritório de Mueller "recebeu da GSA milhares de e-mails, inclusive um volume significativo de material confidencial", de acordo com uma carta publicada pelo portal Politico.
Um porta-voz de Mueller, Peter Carr, respondeu neste domingo às acusações, segundo a CNN.
"Quando obtivemos e-mails ao longo de nossa investigação criminal em curso, nos asseguramos de contar com o consentimento do proprietário da conta ou com o processo criminal apropriado", disse à CNN.
O democrata Eric Swalwell, da Califórnia, reagiu às acusações.
"Trata-se de outra tentativa de desacreditar Mueller. à medida que sua investigação vai se apertado", disse no Twitter.
Trump negou, reiteradamente, qualquer relação entre sua campanha e a Rússia.