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Alemanha homenageia vítimas um ano após o ataque de Berlim

Muitos alemães permanecem convencidos de que o ataque - com um caminhão - poderia ter sido evitado e a chanceler Angela Merkel foi muito criticada por ter esperado um ano

Agência France-Presse
postado em 19/12/2017 10:57
Muitos alemães permanecem convencidos de que o ataque - com um caminhão - poderia ter sido evitado e a chanceler Angela Merkel foi muito criticada por ter esperado um ano

Berlim, Alemanha - Um ano após o atentado contra um mercado de Natal de Berlim, a Alemanha presta homenagem nesta terça-feira (19/12) às vítimas, ao mesmo tempo que as autoridades admitiram negligências antes do ataque. O atentado de 19 de dezembro de 2016, cometido pelo tunisiano Anis Amri, de 24 anos, e reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), deixou 12 mortos e uma centena de feridos.

Muitos alemães permanecem convencidos de que o ataque - com um caminhão - poderia ter sido evitado e a chanceler Angela Merkel foi muito criticada por ter esperado um ano, até segunda-feira, para receber os parentes das vítimas fatais.

"A verdade é que o apoio (às vítimas) chegou muito tarde e foi insuficiente", admitiu nesta terça-feira o presidente Frank-Walter Steinmeier durante uma cerimônia, sem a presença dos jornalistas, na Igreja da Memória, ao lado de onde aconteceu o atentado.

"Saibam que suas experiências, suas queixas e suas advertências foram ouvidas. O 19 de dezembro de 2016 impôs um dever aos líderes políticos: temos que tirar conclusões das negligências e aprender com nossos erros", afirmou o social-democrata, segundo o texto de seu discurso divulgado à imprensa.

O ministro da Justiça, Heiko Maas, pediu desculpas em um artigo publicado nos jornais. As declarações contrastam com as de Merkel, que na segunda-feira afirmou que as autoridades "expressaram claramente" sua compaixão com as vítimas.

Várias cerimônias serão organizadas nesta terça-feira na praça em que fica o mercado de Natal, a Breitscheidplatz, onde serão homenageados os mortos, de seis nacionalidades: alemã, polonesa, italiana, tcheca, israelense e ucraniana.

A chanceler Angela Merkel deve inaugurar um monumento diante da Igreja da Memória, cujo campanário, parcialmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial, é visto em toda a praça. Durante a noite, uma cerimônia ecumênica será celebrado e às 20H02 (17H02 de Brasília), horário exato do atentado, velas iluminarão a praça. Os sinos tocarão por 12 minutos.

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