Letícia Cotta*
postado em 20/12/2017 17:22
Após uma década inteira de redução, a pobreza e a extrema pobreza cresceram por dois anos consecutivos na América Latina, mostra o documento Panorama Social de 2017, lançado nesta quarta-feira (20/12) pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Segundo o relatório, apresentado no México com transmissão ao vivo para vários países, em 2016, 30,7% da população (186 milhões de pessoas) viviam nessas condições na região.
Em 2014, o total de pobres e extremamente pobres representavam 28,5% da população da região, ou 168 milhões de pessoas. Em 2015, o índice subiu para 29,8% (178 milhões) e, no ano seguinte, outros 8 milhões de indivíduos foram acrescentados às estatísticas. Do total de 186 milhões, 61 milhões (10%) são considerados extremamente pobres. Em 2014, esse índice era de 8,2%.
Desigualdade diminuiu
Apesar desses números, a Cepal projeta um balanço positivo para a redução da pobreza a médio prazo e ressalta que, entre 2002 e 2016, houve queda de 15,2% nos índices. A desigualdade de renda também foi reduzida nesse período, embora o ritmo de queda tenha diminuído nos últimos anos. O coeficiente de Gini (onde 0 representa ausência de desigualdade e 1 desigualdade máxima) passou de 0,538, em 2002, para 0,467, em 2016.
* Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende