Agência France-Presse
postado em 24/12/2017 12:19
A Turquia ordenou neste domingo (24) e demissão de mais de 2.700 funcionários de instituições públicas em razão de seu suposto vínculo com organizações "terroristas", numa nova onda de expurgos desde o fracassado golpe de 2016. Um total de 2.756 pessoas foram removidas de seus cargos em vários órgãos públicos, incluindo nos ministérios do Interior, das Relações Exteriores e da Defesa, de acordo com um decreto publicado no Diário Oficial. Após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho de 2016, o governo introduziu o estado de emergência, renovado cinco vezes desde então. Entre as pessoas demitidas neste domingo, estão 637 militares e 105 acadêmicos. O decreto também ordena o fechamento de 17 instituições em todo o país, incluindo dois jornais e sete associações.
[SAIBAMAIS]Um segundo decreto emitido neste domingo prevê que os suspeitos %u200B%u200Bde agir contra a ordem constitucional terão que comparecer perante os tribunais em uniformes unicolor, marrom ou cinza.
Isso também se aplica aos acusados %u200B%u200Bde tentarem derrubar o governo. Este decreto entrará em vigor em um mês e se aplicará apenas aos homens.
Além disso, o segundo decreto prevê que a agência turca responsável pelas indústrias do setor da defesa será colocada sob o controle da presidência, e não mais do ministério da Defesa.
No objetivo de livrar o país da influência do clérigo islamita Fethullah Gülen, acusado pelo regime turco de orquestrar a tentativa de golpe de Estado, Erdogan lançou um vesto expurgo nos meios estatais.
Gülen, exilado nos Estados Unidos, nega qualquer envolvimento no golpe. Mais de 55.000 pessoas foram presas e mais de 140.000 demitidas os suspensas desde julho de 2016.