O presidente da República da Itália, Sergio Mattarella, dissolveu nesta quinta-feira (28/12) o Parlamento, que chegaria em breve ao fim de seu mandato, lançando oficialmente a campanha para eleições legislativas aguardadas para março.
O chefe de Estado "assinou o decreto de dissolução do Senado e da Câmara dos Deputados", indicou a Presidência em um comunicado.
Um conselho de ministros está previsto para as 18H30 locais (15H30 de Brasília) para decidir a data do escrutínio.
Por volta do meio-dia, o chefe do governo de centro-esquerda, Paolo Gentiloni, foi para o Palácio do Quirinal, sede do Executivo, para anunciar que com a adoção do orçamento de 2018, o trabalho do Parlamento, eleito em fevereiro de 2013, estava concluído.
Segundo um ritual estabelecido, Mattarella recebeu em seguida o presidente do Senado, Pietro Grasso, e a presidente da Câmara de Deputados, Laura Baldrini, para comunicar-lhes a intenção de dissolver as duas câmaras.
Em seguida, Gentiloni retornou ao Quirinal para referendar o decreto de dissolução, antes de voltar ao Palácio Chigi, sede da chefia de governo, para presidir o Conselho de Ministros.
Paolo Gentiloni, terceiro chefe de governo desta legislatura, depois de Enrico Letta e Matteo Renzi, deve permanecer no cargo até a posse do novo Parlamento. Seu mandato poderia, inclusive, se prolongar, enquanto as incertezas permanecerem no período pós-eleitoral.
O modelo de votação na Itália atribui grande parte à proporcionalidade e a dispersão anunciada de votos entre três polos - a direita, a centro esquerda e os populistas do Movimento 5 Estrelas - é pouco propenso à formação de uma coalizão, o que pode deixar o próximo Parlamento sem uma clara maioria.