Ao menos 56 palestinos ficaram feridos nesta sexta-feira na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada por disparos de soldados israelenses, durante novas manifestações contra a decisão americana de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, segundo fontes médicas.
Confrontos em diferentes setores da Faixa de Gaza no limite da fronteira com Israel deixaram 40 feridos por tiros dos soldados israelenses. Quatro deles estão em estado grave, segundo Ashraf al Qodra, porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, no poder em Gaza.
Hamas e seu aliado Jihad Islâmica declararam nesta sexta-feira um "dia de ira", assim como nas semanas anteriores, desde que começaram os protestos pela decisão unilateral do presidente americano, Donald Trump, sobre Jerusalém.
Na Cisjordânia ocupada, os confrontos deixaram 16 feridos, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Perguntada pela AFP, uma porta-voz militar israelense indicou que 500 manifestantes haviam queimado pneus, lançado garrafas em chamas e pedras em direção aos soldados e guardas de fronteiras em cerca de trinta setores da Cisjordânia.
Na Faixa de Gaza, a porta-voz deu conta de 2.000 manifestantes, que também lançaram pedras e garrafas em chamas contra os soldados israelenses.
A Força Aérea israelense bombardeou nesta sexta-feira a Faixa de Gaza, horas depois de que foram lançados três foguetes do enclave em direção ao sul do território de Israel, segundo fontes militares.
Segundo a polícia, o terceiro foguete caiu em território israelense em uma zona residencial perto de Gaza, mas causou apenas danos materiais.
Os bombardeios não provocaram feridos, indicou um porta-voz do Hamas.
No total, 12 palestinos morreram e centenas ficaram feridos desde o início dos protestos.