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Trump ameaça cortar ajuda americana a territórios palestinos

Em 2016, os Estados Unidos destinaram 319 milhões de dólares de ajuda aos palestinos através de sua agência de fomento ao desenvolvimento (USAID)


Em seu tuíte, Trump não especificou qual ajuda será eventualmente suspensa. Em uma sequência de mensagens, Trump apontou que seu governo "retirou da mesa (de negociação) Jerusalém, o aspecto mais difícil da negociação".

No dia 6 de dezembro, Trump anunciou que seu governo reconhecia Jerusalém como a capital de Israel, e que havia determinado ao Departamento de Estado o início do processo de mudar para essa cidade a embaixada americana, situada em Tel Aviv.

A decisão de Trump provocou uma onda global de indignação e protesto. Para o presidente palestino, Mahmud Abbas, com esse gesto os Estados Unidos perdeu a capacidade de servir como mediador para eventuais negociações com Israel.

Em 21 de dezembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou por ampla maioria (128 votos a favor, 9 contra e 35 abstenções) uma resolução de condenação à decisão de Trump, um voto que despertou a ira da Casa Branca.

Na véspera dessa histórica votação, Trump alertou que seu governo anotaria cada voto para posteriormente discutir a ajuda que destinaria aos respectivos países. Entre os países latino-americanos, somente a Guatemala anunciou que acompanharia o gesto de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.