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UE aposta em 'abrir portas' para Cuba, apesar de bloqueio dos EUA

Na quarta-feira, durante um encontro com professores e estudantes em Havana, Mogherini classificou como "obsoleto e ilegal" o plano restritivo que Washington aplica contra Cuba desde 1962

Agência France-Presse
postado em 04/01/2018 13:40
Havana, Cuba - A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, conclui, nesta quinta-feira (4/1), uma visita de dois dias a Cuba, onde deixou claro que as portas do bloco continuarão abertas à ilha, apesar do embargo aplicado pelos Estados Unidos.

A Alta Representante para Política Exterior da União Europeia deve se reunir com o presidente do Parlamento, Esteban Lazo, e o ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez. Sua visita acontece três meses antes de Raúl Castro deixar o poder.

Na quarta-feira, durante um encontro com professores e estudantes em Havana, Mogherini classificou como "obsoleto e ilegal" o plano restritivo que Washington aplica contra Cuba desde 1962.

"O bloqueio não é a solução. Os europeus dissemos muitas vezes a nossos amigos americanos e afirmamos nas Nações Unidas", destacou. "O único efeito do bloqueio é piorar a qualidade de vida de mulheres, homens e crianças" da ilha.

A diplomata rechaçou também as sanções americanas contra cidadãos e empresas europeias que comercializem com a ilha. "Não podemos aceitar que medidas unilaterais impeçam ou deteriorem nossas relações econômicas ou comerciais com Cuba", considerou.

Sua presença na ilha, segundo ela, tem por objetivo preparar a implementação total do Acordo de Diálogo Político e Cooperação bilateral, em vigor provisoriamente desde 1 de novembro de 2017, à espera de ser ratificado pelo bloco europeu. Para isso, se encontrou com o ministro de Investimento Estrangeiro e Comércio Exterior, Rodrigo Malmierca.

A UE é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, atrás da China, com intercâmbios de 2,4 bilhões de dólares em 2016. O bloco também é o maior investidor estrangeiro na ilha, em áreas como turismo e o agronegócio.

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