Agência France-Presse
postado em 08/01/2018 09:41
Paris, França - A França registou um pouco mais de 100.000 pedidos de asilo em 2017, um nível "histórico", indicou à AFP Pascal Brice, diretor-geral do Escritório Francês para a Proteção de Refugiados e Apátridas (OFPRA). As solicitações de asilo aumentaram 17% em 2017, atingindo 100.412 pedidos. Em 2016, um aumento de 6,5% foi registrado.
Trata-se de uma alta importante, embora não se possa falar de influxo maciço, apontou Brice, para quem esses números "confirmam que a França é um dos primeiros países em termos de pedidos de asilo na Europa", atrás da Alemanha, que poderia atingir um pouco menos de 200 mil aplicativos este ano.
A título de comparação, a França recebeu um pouco menos de 20 mil pedidos em 1981, o primeiro ano com números disponíveis da OFPRA. Os cidadãos da Albânia representam o primeiro grupo de requerentes de asilo na França, com 7.630 pedidos no ano passado (%2b66%), embora este país figure na lista de países seguros.
Este fenômeno cíclico e ligado a uma emigração econômica, de acordo com Brice, preocupa as autoridades francesas e albanesas, que lançaram há alguns meses um plano de ação para eliminar as redes de imigração ilegal. O próximo na lista é o Afeganistão (5.987 solicitações, 6%), Haiti (estável em 4.934), Sudão (-24%, 4.486) e Guiné (3.780, 62%).
Apesar de uma alta taxa de resposta positiva (95%), os sírios, que geralmente chegam ao país europeu graças a programas de deslocalização, apresentaram menos pedidos de asilo para a França no ano passado, o que representou uma queda de 10% (3.249).
"Os períodos de espera caíram cerca de três meses", disse Brice, que afirmou que a OFPRA "tem multiplicado os esforços para alcançar o objetivo de dois meses em 2018", estabelecido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, "para respeitar os direitos de cada candidato".