Ao menos 24 civis, entre eles 10 crianças, morreram nesta terça-feira (9/1) na Síria em ataques aéreos e disparos de artilharia na Guta oriental, enclave rebelde perto de Damasco, bombardeado diariamente, segundo um novo balanço anunciado por uma ONG.
Os bombardeios mais letais atingiram a localidade de Hamuria, onde 13 civis, entre os quais sete crianças, morreram, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que acusa o regime e seu aliado russo de ataques sangrentos na região.
Na Síria, devastada desde 2011 por uma guerra atroz, com múltiplos atores, o exército israelense bombardeou alvos militares do regime de Basgar Al Assad, perto da capital, Damasco, segundo fontes militares sírias.
Em represália aos bombardeios na Guta Oriental, os rebeldes dispararam obuses contra dois bairros de Damasco, reduto do regime, onde quatro pessoas morreram, segundo veículos estatais.
Os Capacetes Brancos, socorristas na parte rebelde da Síria, se apressavam em retirar os moradores dos destroços, especialmente em Hamuria e Saqba.
O conflito na Síria deixou mais de 340.000 mortos e originou uma grave crise humanitária no país, onde o encarregado de ajuda humanitária da ONU, Mark Lowcock, iniciou uma primeira visita.
Em sua primeira viagem à Síria, Lowcock se reuniu em Damasco com o ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, segundo a agência oficial de notícias síria Sana.
O objetivo da visita é "ver por ele mesmo o impacto do conflito nos civis, avaliar a resposta humanitária e abordar a melhora do acesso e da distribuição" da ajuda, segundo um comunicado de seus serviços.
Na quarta-feira, ele se reunirá em Homs (centro) com "gente que sofreu diretamente as consequências da crise, e que precisa de uma ajuda vital", segundo o texto.