Jornal Correio Braziliense

Mundo

Donald Trump diz estar disposto a ter diálogo com a Coreia do Norte

Durante conversa telefônica com Moon Jae-In, Trump disse estar disposto a discutir com Pyongyang "no momento apropriado e sob circunstâncias apropriadas"


Já Trump tem mudado seu tom nos últimos dias em relação à Coreia do Norte, com quem manteve um duro confronto pelos programas nuclear e balístico norte-coreanos, e disse nesta quarta-feira que não descarta conversar por telefone com o líder Kim Jong-Un.

O presidente americano também disse a Moon que "não haverá ação militar (por parte dos Estados Unidos) durante o diálogo entre as duas Coreias".

Jogos da paz
Na terça, ficou acertado que a Coreia do Norte vai enviar atletas e uma delegação de alto escalão aos Jogos de Inverno na Coreia do Sul.

"A parte norte-coreana vai enviar uma delegação do Comitê Olímpico Nacional, atletas, torcedores, um grupo de artistas, uma equipe de demonstração de Taekwondo e um serviço de imprensa", anunciaram os dois países em um comunicado conjunto.

Nesta quarta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul participarão de uma reunião em Lausanne, no dia 20 de janeiro, com os organizadores dos Jogos de Inverno de 2018, para decidir as modalidades da participação norte-coreana.

O primeiro-ministro sul-coreano, Lee Nak-Yon, disse esperar que o Norte envie "uma delegação de 400 a 500 pessoas" durante os Jogos. O presidente do COI, Thomas Bach, disse que a decisão de enviar uma delegação norte-coreana aos Jogos de Inverno constitui "um grande passo no espírito olímpico".

Seul se esforça para apresentar os Jogos Olímpicos, que vão acontecer a apenas 80 km da zona deslimitarizada, como as "Olimpíadas da Paz". Resta saber se os representantes de ambos os países farão uma entrada conjunta nas cerimônias de abertura e encerramento, como em Sydney em 2000, Atenas em 2004 e Turim em 2006.

No encontro de terça-feira, em Panmunjom, Seul também apelou para a retomada das reuniões familiares, bem como para conversas entre a Cruz Vermelha dos dois países e discussões militares para evitar confrontos acidentais. Nos últimos dois anos, a situação na península se deteriorou, o Norte conduziu três novos testes nucleares e multiplicou seus disparos de mísseis.