O papa Francisco se reunirá, durante sua visita ao Chile, com duas vítimas da ditadura militar de Augusto Pinochet, informou nesta quinta-feira (11/1) o porta-voz do Vaticano, Greg Burke.
Francisco, que inicia na próxima segunda-feira (15/1) viagem de quase uma semana ao Chile e ao Peru, receberá privadamente as "vítimas da repressão dos anos setenta", que lhe entregarão uma carta.
A reunião será celebrada no último dia de sua visita ao Chile, na cidade de Iquique, ao norte, antes de sua partida para o Peru, onde permanecerá até 21 de janeiro.
Burke informou que as duas vítimas da ditadura cumprimentarão o papa e não pronunciarão nenhum discurso.
O porta-voz papal também não quis dar detalhes sobre quem são nem como foram escolhidos.
O papa argentino, que vivei pessoalmente a dura repressão desatada em seu país pela ditadura militar na década de 1970, cumpre assim um gesto simbólico de reparação.
Durante a primeira e única visita até agora de um papa Chile, em 1987, João Paulo II apareceu na varanda do palácio presidencial de La Moneda acompanhado pelo general Augusto Pinochet, o que foi interpretado como um aval papal ao regime militar, o que gerou também muita irritação inclusive entre os católicos.