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Mianmar e Bangladesh terão dois anos para repatriar refugiados rohingyas

Até a data, nenhum dos dois países havia estipulado um calendário. Para a ONU, essa minoria muçulmana foi vítima de uma "limpeza étnica"


Bangladesh pressiona o governo de Aung San Suu Kyi para que lance o processo de retorno dessa comunidade. O país acolhe quase um milhão de rohingyas em sua fronteira sudeste, onde está o que é considerado hoje em dia o maior acampamento de refugiados do mundo.

"Nos próximos dias, os refugiados poderão começar a ser registrados. O processo poderá começar", explicou à AFP o embaixador de Bangladesh em Mianmar, Mohamad Sufiur Rahman, embora tenha descartado que os primeiros retornos aconteçam já no final de janeiro, como se havia anunciado.

"É impossível", afirmou. Várias instituições beneficentes questionam se, traumatizados pelos abusos que dizem ter vivido, os rohingyas vão querer voltar para Mianmar.