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Macron afirma que não permitirá 'selva' de migrantes em Calais, na França

Entre 350 e 500 migrantes, de acordo com o Estado, permanecem em Calais, onde vivem em condições difíceis. A maioria vem de países como Etiópia, Eritreia e Afeganistão.


Macron vai se reunir com a primeira-ministra britânica Theresa May na quinta-feira. Na ocasião, Paris espera pedir aos britânicos "ajuda para fazer Calais se desenvolver e assumir a responsabilidades por um certo número de migrantes", segundo apontou o ministro do Interior Gérard Collomb.

O presidente francês também aproveitou a ocasião nesta terça para criticar o sistema de Dublim, segundo o qual o país competente para determinar se deve ou não dar asilo a um refugiado é aquele em que as impressões digitais do refugiado foram tomadas pela primeira vez.

O sistema de Dublin "está cheio de inconsistências, mas, em qualquer caso, atualmente não é satisfatório", disse. Macron também visitou um centro de acolhimento de migrantes em Croisilles (norte), que recentemente abriu suas portas para acomodar estrangeiros que aguardam uma decisão administrativa sobre sua situação.

Acompanhado por quatro de seus ministros, incluindo o ministro do Interior, Gérard Collomb, e a ministra da Justiça, Nicole Belloubet, o chefe de Estado francês também se reuniu com eleitos locais, atores econômicos e associações que ajudam os migrantes.

A situação no principal porto francês onde se cruza o Canal da Mancha é menos crítica do que 14 meses atrás, antes do fechamento da "Selva", que chegou a ter 8 mil migrantes. Entre 350 e 500 migrantes, de acordo com o Estado, permanecem em Calais, onde vivem em condições difíceis. A maioria vem de países como Etiópia, Eritreia e Afeganistão.