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Irã denuncia força que EUA querem instalar no noroeste da Síria

A coalizão liderada por Washington para combater o grupo Estado Islâmico (EI) anunciou no domingo a criação de uma "Força de Segurança das Fronteiras"

Agência France-Presse
postado em 16/01/2018 15:54
O Irã condenou na segunda-feira o projeto de uma nova força de fronteira no nordeste da Síria, patrocinada pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, apontando uma "interferência flagrante" de Washington nos assuntos internos da Síria.

"É uma interferência flagrante dos Estados Unidos nos assuntos internos de outros países. Complica a crise na Síria ao criar mais instabilidade e avivar o incêndio no país", escreveu a agência oficial Irna, citando o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bahram Ghasemi.

A coalizão liderada por Washington para combater o grupo Estado Islâmico (EI) anunciou no domingo a criação de uma "Força de Segurança das Fronteiras", em associação com os combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS).

O Irã é com a Rússia um dos principais aliados do governo de Damasco, desempenhando um papel importante nas vitórias do regime no país.

Teerã enviou para a Síria milhares de combatentes apresentados como "voluntários" e que são treinados por "conselheiros militares" iranianos.

Na segunda-feira, o regime de Damasco condenou com "firmeza o anúncio americano" dessa nova milícia. E o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que esperava receber "explicações detalhadas" sobre o projeto.

Além disso, a Turquia, que apoia a oposição síria, teme que as milícias curdas sejam implantadas na sua fronteira e ameaçou lançar uma operação para "arrancar pela raiz" a força composta de combatentes curdos, que Ancara chama de "terroristas".

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