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Facebook, Twitter, YouTube sob pressão por conteúdo extremista

Em uma audiência do Comitê de Comércio do Senado, executivos das principais empresas de mídia social foram elogiados pelos esforços feitos para eliminar da internet o conteúdo do Estado Islâmico

Agência France-Presse
postado em 17/01/2018 18:42
Redes sociais como Facebook, Twitter e YouTube ficaram sob pressão do Congresso nesta quarta-feira (17/1) por seu excesso de confiança em recursos tecnológicos para barrar conteúdo extremista de suas plataformas.
Em uma audiência do Comitê de Comércio do Senado, executivos das principais empresas de mídia social foram elogiados pelos esforços feitos até agora para eliminar da internet o conteúdo do Estado Islâmico, da Al-Qaeda e outros grupos do Islã radical.


O Facebook detecta e tira do ar 99% do conteúdo do Estado Islâmico e da Al-Qaeda relacionado ao terrorismo.
Mas críticos afirmam que os grupos continuam a levar adiante seu conteúdo de propaganda através destas plataformas, e pediram por ações mais duras.

Outra preocupação central é a continua habilidade em usar contas anônimas que, ao mesmo tempo em que beneficiam ativistas pró-democracia, continuam a dar voz aos terroristas.

"Essas plataformas criaram uma nova e efetiva maneira para atores abomináveis atacarem e causarem danos", declarou o senador Ben Nelson, para quem os esforços das empresas envolvidas ainda "não são suficientes".

Jogo de gato e rato

O Youtube está automaticamente removendo 98% dos vídeos de violência extremista usando algoritmos, disse o diretor de Políticas Públicas Juniper Downs. O Facebook também detecta e tira do ar 99% do conteúdo do Estado Islâmico e da Al-Qaeda relacionado ao terrorismo, afirmou a responsável pela Política de Produto e Antiterrorismo do Facebook, Monika Bicker.

Carlos Monje, diretor de Políticas Públicas e Filantropia do Twitter, disse que, mesmo com todos os esforços para lutar contra o conteúdo relacionado ao terror e ódio, "é um jogo de gato e rato e a evolução é constante para encarar esse desafio".

No ano passado, Google, Facebook, Twitter e Microsoft se uniram para compartilhar informações sobre grupos e posts relacionados a extremistas, e compartilhar técnicas para deixarem esses conteúdos fora de seus sites.

Quatro milhões de contas maliciosas

Monje ilustrou o problema: o Twitter acredita que menos do que 5% de suas 300 milhões de contas sejam falsas. "Estamos desafiando quatro milhões de contas maliciosas e automatizadas por semana", disse.

Clint Watts, especialista do Instituto de Pesquisa de Política Externa para o uso da internet por terroristas, disse que grupos extremistas têm se frustrado com o esforço de censurá-los nas mídias sociais e buscam alternativas avidamente.

"Estão procurando um novo lugar onde possam se comunicar e organizar. Precisam ser capazes de divulgar sua propaganda globalmente para recrutarem novos membros", disse ao painel no Senado. "Eles estão procurando um novo lar, mas não a encontraram ainda".

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