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Madri recorrerá contra candidatura de Puigdemont à presidência da Catalunha

Puigdemont, em exílio voluntário em Bruxelas desde o fim de outubro para evitar uma investigação por rebelião e sedição, é o único candidato para assumir novamente como presidente da Catalunha pelo Parlamento regional

Agência France-Presse
postado em 25/01/2018 10:56
Puigdemont solicitou garantias para poder retornar à sessão de posse

Madri, Espanha -
O governo espanhol anunciou nesta quinta-feira (25/1) que pretende recorrer contra a candidatura do independentista Carles Puigdemont à presidência da Catalunha, alegando que pesa sobre ele uma ordem de prisão por seu papel na frustrada secessão catalã

O governo central prevê "interpor ao Tribunal Constitucional a impugnação da resolução (...) que propõe à Câmara o deputado Carles Puigdemont como candidato à presidência da Generalitat (Executivo catalão", informou em entrevista coletiva a vice-presidente do governo espanhol Soraya Sáenz de Santamaría.

Puigdemont, em exílio voluntário em Bruxelas desde o fim de outubro para evitar uma investigação por rebelião e sedição, é o único candidato para assumir novamente como presidente da Catalunha pelo Parlamento regional.

Destituído pelo governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy após a frustrada declaração de independência feita pelo Parlamento catalão em 27 de outubro, Puigdemont solicitou garantias para poder retornar à sessão de posse, que deve acontecer até 31 de janeiro.

O líder catalão, no entanto, pode ser detido se retornar a Espanha, o que gerou a possibilidade de uma posse por teleconferência, algo que tem a oposição veemente do governo espanhol.

O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy tomou nesta quinta-feira a iniciativa de recorrer, ao solicitar um relatório do Conselho de Estado. Depois disso, provavelmente na sexta-feira, "poderia ser apresentada a impugnação ao Tribunal Constitucional", indicou Sáenz de Santamaría.

Se o Tribunal Constitucional aceitar o recurso, "representaria a suspensão" imediata de sua candidatura, explicou a vice-presidente do governo.

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