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Ex-presidente do Equador vai depor em investigação sobre venda de petróleo

A Procuradoria investiga um possível prejuízo ao Estado na intermediação da venda antecipada de petróleo, mecanismo aplicado pelo governo de Correa (2007-2017) para receber recursos em troca da posterior entrega de petróleo

Agência France-Presse
postado em 01/02/2018 10:49
O ex-presidente do Equador, Rafael Correa

Quito, Equador -
O Ministério Público do Equador convocou o ex-presidente Rafael Correa a prestar depoimento em uma investigação sobre um suposto prejuízo milionário ao Estado na venda de petróleo a China e Tailândia. O ex-presidente deve comparecer à sede do MP em Quito na próxima segunda-feira para apresentar sua versão sobre os fatos investigados no caso conhecido como Petrochina, informa um comunicado.

A Procuradoria investiga um possível prejuízo ao Estado na intermediação da venda antecipada de petróleo, mecanismo aplicado pelo governo de Correa (2007-2017) para receber recursos em troca da posterior entrega de petróleo.

O caso foi denunciado pelo jornalista e político equatoriano Fernando Villavicencio, que afirma que aconteceram supostas irregularidades nas negociações com China e Tailândia que provocaram quase 2,2 bilhões de dólares de prejuízos ao Estado.

A investigação começou há um ano e esta é primeira vez que Correa é convocado a prestar depoimento. O ex-presidente afirma que seus rivais, incluindo o atual presidente e seu ex-aliado Lenín Moreno, desejam envolver o nome dele em supostos atos de corrupção em uma perseguição política.

Correa, que se mudou para a Bélgica depois de deixar o poder em 24 de maio do ano passado, está no Equador para participar da campanha pelo "Não" no referendo do próximo domingo convocado por Moreno para eliminar a possibilidade de reeleição indefinida, o que deixaria o ex-presidente fora das eleições de 2021.

O ex-chefe de Estado acusa Moreno, seu ex-partidário, de "traidor" e de fazer uma aliança com a oposição para desprestigiar seu legado.

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