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May tenta vender ambição comercial britânica no pós-Brexit em Pequim

No dia anterior, May encontrou seu homólogo chinês, Li Keqiang, com quem deu uma entrevista coletiva, na qual insistiu com satisfação sobre "a idade de ouro" das relações sino-britânicas

Agência France-Presse
postado em 01/02/2018 15:11

No dia anterior, May encontrou seu homólogo chinês, Li Keqiang, com quem deu uma entrevista coletiva, na qual insistiu com satisfação sobre

A primeira-ministra britânica, Theresa May, se reuniu nesta quinta-feira (1/2) em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, no segundo dia da viagem à China, na qual ela tenta convencer sobre a ambiciosa política comercial da Grã-Bretanha quando sua saída da União Europeia for oficializada.

No dia anterior, May encontrou seu homólogo chinês, Li Keqiang, com quem deu uma entrevista coletiva, na qual insistiu com satisfação sobre "a idade de ouro" das relações sino-britânicas.

Sua delegação inclui representantes de 50 empresas e organizações. Durante a visita, é esperado que assinem contratos no valor de 9 bilhões de libras, disse May nesta quarta-feira (31/1).

Ela acrescentou que Londres e Pequim querem acelerar suas negociações para eliminar as barreiras comerciais.

O mercado chinês poderia ser aberto "dentro de seis meses" para a carne bovina britânica, disse May.

No contexto da saída da Grã-Bretanha da UE, a viagem é crucial para Londres. A China, segunda maior economia mundial, se estabeleceria como um parceiro comercial essencial.

"A China, um parceiro estratégico da Grã-Bretanha e da UE, espera que o Brexit ofereça oportunidades favoráveis %u200B%u200Bpara ambos os lados", disse Cui Hongjian, pesquisador do Instituto Chinês de Estudos Internacionais.

A iniciativa chinesa da "Nova Rota da Seda", um projeto colossal de investimento em infraestrutura na Ásia, na África e no Oriente Médio, é um dos temas sensíveis da viagem. Vários países europeus veem o projeto com ressentimento.

May comemorou na quarta-feira as oportunidades apresentadas, mas lembrou a importância de respeitar os "padrões internacionais". Como a maioria dos países da UE, Londres não assinou o memorando financeiro chinês sobre esta iniciativa.

O banco britânico Standard Chartered também anunciou nesta quinta-feira que chegou a um acordo de protocolo com o banco público Banco de Desenvolvimento da China, que prevê disponibilizar até 10 bilhões de yuanes (cerca de 1,6 bilhão de dólares) em capital para financiar projetos ligados à iniciativa.

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