Agência France-Presse
postado em 07/02/2018 15:05
Beirute, Líbano - O governo sírio voltou a bombardear, nesta quarta-feira (7/2), o território rebelde de Ghuta Oriental, perto de Damasco, intensificando ataques que já deixaram mais de 120 mortos em três dias. Trata-se de um dos balanços mais elevados em sete anos de guerra.
De uma intensidade pouco habitual, esses bombardeios aéreos acontecem no momento em que surgem novas suspeitas sobre o uso de armas químicas e de cloro, em particular, por parte do governo de Bashar al-Assad.
Apenas na terça-feira, os bombardeios sobre essa região mataram 80 civis, afirmou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). "É o dia mais sangrento em nove meses em toda Síria, e um dos mais letais em vários anos na Ghuta Oriental", afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Entre os mortos, estão 19 crianças e 20 mulheres, relatou Abdel Rahman, acrescentando que são quase 200 feridos. Nesta quarta, o céu voltou a rugir em várias localidades, especialmente Hamuriye e Beit Sawa, e 15 civis perderam a vida, indicou o OSDH.
Em Duma, a maior cidade de Ghuta, os hospitais estavam lotados com o volume de feridos. "Por favor, dissolvam todas as concentrações e liberem as ruas", anunciavam os alto-falantes das mesquitas da cidade.