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EUA lançam grupo dedicado à expansão do acesso à Internet em Cuba

De acordo com o plano aprovado, este grupo será dividido em duas subcomissões, uma dedicada à expansão do acesso à Internet e outra para discutir formas de apoio à chamada "imprensa independente"

Agência France-Presse
postado em 07/02/2018 18:10
Washington, Estados Unidos - O Departamento de Estado americano realizou nesta quarta-feira (7/2) a reunião inaugural de um grupo que analisará os "desafios tecnológicos e as oportunidades" para expandir o acesso à Internet em Cuba, uma iniciativa que Havana rejeita.

A "Força-Tarefa sobre Internet em Cuba" é dirigida pelo diplomata John Creamer, subsecretário adjunto da Divisão do Hemisfério Ocidental, e se propõe a levar recomendações políticas em um prazo de um ano ao secretário de Estado, Rex Tillerson.

O grupo inclui funcionários dos Departamentos de Estado e de Comércio, a Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID), a Comissão Federal de Comunicações, e entidades como a rádio e TV Martí e o centro de análises Freedom House.

De acordo com o plano aprovado, este grupo será dividido em duas subcomissões, uma dedicada à expansão do acesso à Internet e outra para discutir formas de apoio à chamada "imprensa independente".

A intenção é que cada subcomissão apresente um rascunho com recomendações em um prazo de seis meses para realizar uma nova reunião em outubro. Neste calendário, "o objetivo é apresentar ao secretário Tillerson um papel de recomendações de política em fevereiro do ano que vem", declarou Creamer.

Esta primeira reunião foi realizada em uma sala do Departamento de Estado com a presença de 20 representantes de grupos opositores cubanos e entidades locais que promovem a plena restituição das relações diplomáticas entre os dois países.

Em 31 de janeiro, a Chancelaria de Cuba apresentou ante a embaixada americana em Havana uma carta com seu "enérgico protesto" contra a iniciativa, que considerou uma violação "da competência nacional para regular os fluxos de informação e o uso dos meios de difusão em massa".

Em sua nota, o Ministério cubano das Relações Exteriores pediu ao Departamento de Estado que "cesse suas ações subversivas, ingerencistas e ilegais".

Em dezembro de 2014, Cuba e Estados Unidos iniciaram um processo de reaproximação depois de meio século de ruptura e em julho de 2015 os dois países reabriram suas respectivas representações diplomáticas. Entretanto, o governo de Donald Trump decidiu esfriar a continuação desse processo e atualmente o diálogo entre os países voltou a se tornar difícil.

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