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Sobe para 44 o número de mortos em ataques à Guta Oriental, na Síria

A região é alvo de constantes ataques desde o início do mês, quando o regime sírio lançou uma ofensiva aérea sem precedentes matando 250 pessoas

Agência France-Presse
postado em 19/02/2018 11:58
Hamuria, Síria - Já são ao menos 44 civis mortos em bombardeios do regime sírio no território rebelde de Guta Oriental, a leste de Damasco, nesta segunda-feira (19/2), informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
As Forças Armadas sírias tentam retomar o controle de Guta Oriental, uma região controlada pelos insurgentes desde 2012 e último reduto rebelde nos arredores de Damasco.

Antes dos bombardeios desta segunda, vários aviões de reconhecimento sobrevoaram a zona, segundo jornalistas da Agência France-Presse no local.

O pânico tomou conta dos civis na localidade de Hamuria, que se refugiaram dentro de prédios.

Em 5 de fevereiro, o regime lançou uma ofensiva aérea de uma intensidade sem precedentes na zona. Em cinco dias, deixou 250 mortos entre civis e centenas de feridos.

As localidades do reduto rebeldes são bombardeadas de maneira intermitente desde então.

Segundo o OSDH, no fim de semana houve negociações para evacuar da zona o grupo jihadista Hayat Tahrir Al Sham, mas elas fracassaram. "O fracasso das negociações marca o princípio de uma ofensiva", destaca Abdel Rahman, diretor da ONG.

Segundo a fonte, o regime começou a mobilizar reforços militares em torno de Guta desde 5 de fevereiro.

[SAIBAMAIS]Guta Oriental está em mãos de dois dos principais grupos islamitas no país, Jaish Al Islam e Faylaq Al Rahman, que negam estar negociando com o regime.

Damasco quer retomar esta zona para por fim aos disparos de morteiros e foguetes dos rebeldes na direção da capital.

No domingo, seis foguetes caíram em Damasco, segundo um jornalista da AFP e, segundo a agência oficial de notícias Sana, mataram uma pessoa. Desde de 5 de fevereiro, vinte civis morreram.

Nesta segunda, os civis de Damasco se preparavam para abandonar suas casas, principalente nos bairros mais próximos do reduto rebelde.

Nas últimas semanas, vários disparos atingiram as casas na capital.

"Estamos cansados, mas parece que não há outra solução que uma ofensiva militar final. Estamos esperando por isso há muito tempo. É hora de descansar", assegura Jawad Al Obros, de 30 anos, que vive com a mãe, o pai e a irmã em um bairro próximo de Jobar, um dos principais fronts na capital, entre o regime e os rebeldes.

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