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Investigam no México policiais por desaparecimento de três italianos

A última coisa que se sabe dos italianos é que foram detidos pela Polícia, contou um familiar dos desaparecidos

Policiais da comunidade mexicana de Tecalitlán estão sob investigação desde que familiares de três italianos denunciaram seu desparecimento após serem detidos por agentes dessa região, informou a Procuradoria regional nesta terça-feira (20/2).

Os 33 elementos que compõem a Polícia de Tecalitlán, do estado de Jalisco (oeste), serão levados à capital, Guadalajara, "para sua capacitação e, por sua vez, seguir com a investigação", disse em coletiva de imprensa o procurador regional, Raúl Sánchez.

A investigação também pode ser realizada pela divisão especializada em investigação do crime organizado (SEIDO) da Procuradoria-Geral, informou na sexta-feira o secretário-geral do governo local, Roberto López.

Enquanto isso, a Polícia estadual cuidará da segurança dos 16.500 habitantes de Tecalitlán, localizados no sul do estado.

A última coisa que se sabe dos italianos é que foram detidos pela Polícia, contou à AFP no sábado Mario de Vita, familiar dos desaparecidos.

Ele disse que seus parentes, que desapareceram em 31 de janeiro, têm 60, 25 e 29 anos e que a última coisa que soube deles foi que alguns policiais os prenderam em um posto de gasolina em Tecalitlán.

O procurador de Jalisco informou que os italianos estavam no México para vender plantas de energia, soldas e diferentes ferramentas, e pediu informações sobre eles à embaixada da Itália porque tem relatos de que o mais velho foi detido no estado de Campeche "há três anos" por suposta fraude.

O Registro Nacional de Pessoas Desaparecidas indica que, ao longo de 2017, em Jalisco, foram contabilizadas 2.917 pessoas desaparecidas, uma cifra que os coloca no quarto lugar a nível nacional. Enquanto isso, em todo o México havia (no mesmo período) 33.513 pessoas não localizadas, das quais 197 eram estrangeiras.